A investigação teve início após denúncia de que em um determinado local era utilizado como “mocó”

Nesta quarta-feira (28), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Corsário, com o objetivo de combater uma organização criminosa que atua no roubo de cargas provenientes do contrabando e descaminho, conhecidos como “piratas”. As ações foram realizadas em cumprimento a ordens judiciais expedidas pela Justiça Federal da 1ª Vara Criminal de Guaíra, resultando em buscas e apreensões na cidade do oeste do Paraná.

A organização criminosa em questão atua na região Oeste e Noroeste do Estado do Paraná, especialmente nos municípios de Guaíra, Altônia e Umuarama. O grupo adota um modus operandi conhecido como “pirataria”, onde roubam mercadorias contrabandeadas de outros grupos criminosos, frequentemente utilizando vestimentas e insígnias da Polícia Federal e de outras forças policiais para camuflar suas ações.

A investigação denominada Operação Corsário teve início a partir de uma denúncia sobre uma residência em aparente estado de abandono na cidade de Guaíra/PR, que estaria sendo utilizada para guardar produtos ilícitos, conhecida popularmente como “mocó”.

Durante as diligências na residência, constatou-se que o local não possuía mobília, aparentando estar desabitado. No entanto, foi descoberto um porão nos fundos da casa, onde foram encontrados dois veículos e diversos volumes de produtos contrabandeados do Paraguai, como tabaco aromatizado, substâncias análogas a maconha, brinquedos, aparelhos de telefone celular, cigarros, Sky TV, além de capas de coletes balísticos, carregadores de pistolas municiados e várias peças de uniformes militares camuflados.

Durante a operação, os Policiais Federais realizaram exames periciais e apreensões dos produtos ilícitos, contando com o apoio do BPFron (Batalhão de Polícia de Fronteira do Paraná) para o sucesso da ação.

O nome da operação, Corsário, é uma referência aos navegadores dos séculos XV e XVIII que praticavam o roubo de cargas. Conhecidos como piratas, esses corsários dedicavam-se ao saque de embarcações e seu nome foi escolhido para simbolizar as ações da organização criminosa desmantelada nessa operação.