Vacina brasileira contra covid-19 tem bons resultados em testes
A primeira fase de testes clínicos da vacina SpiN-Tec contra a covid-19 tem apresentado resultados positivos. Desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é a primeira vacina 100% nacional, por não depender de transferência de tecnologia ou de importação. Dados preliminares indicam que ela não apresentou problemas de segurança com os voluntários e tem potencial para gerar uma resposta imunológica ao vírus causador da doença.
Depois de passar pela fase pré-clínica, quando os testes realizados em animais de laboratório não apresentaram efeitos colaterais, a fase clínica 1 começou em novembro do ano passado. Até março deste ano, a vacina foi aplicada em 36 pessoas, com idade entre 18 e 54 anos. Os dados estão em análise pelos pesquisadores e devem ser apresentados ainda neste mês para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A expectativa é que a fase clínica 2 comece no início de junho com 372 voluntários entre 18 e 85 anos. Eles precisam ter sido vacinados com duas doses iniciais da vacina CoronaVac ou da AstraZeneca, e uma ou duas doses de reforço da Pfizer ou AstraZeneca. Quem tomou a vacina bivalente não pode participar dessa fase. Ter tido covid-19 não é um impeditivo, desde que tenha ocorrido há mais de seis meses. Na fase 2, o foco dos testes é na imunogenicidade, ou seja, verificar o nível de anticorpos gerados e a resposta dos linfócitos na proteção do organismo.
A informações são de Helton Santiago, coordenador dos testes clínicos da vacina e professor do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. Ele explica que, ao contrário do que ocorreu nos testes das primeiras vacinas contra a covid-19, desta vez o objetivo é testar a eficácia da SpiN-Tec como dose de reforço.
“Seria muito difícil, neste momento, ir atrás dos poucos no Brasil que não foram vacinados com nenhuma dose. A estratégia do CT Vacinas da UFMG foi mesmo desenvolver um imunizante que sirva como reforço. O nosso tem o diferencial de focar na imunidade celular. Quando os anticorpos neutralizantes falham, é a imunidade celular que segura a infecção e a deixa leve. Então, a gente acredita que essa vacina vai ser ideal para proteger contra novas variantes. Enquanto outras vão perder a eficácia, a nossa não deixa as variantes escaparem da imunidade”.
O cronograma prevê o início da fase 3 em dezembro deste ano ou em janeiro de 2024. Até o início de 2025 a vacina pode estar disponível para a população. Os testes contam com investimentos de diferentes fontes: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Rede Vírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), da prefeitura de Belo Horizonte e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
Helton Santiago reforça que é preciso ter paciência com possíveis ajustes de datas. Por ser a primeira vez que se produz uma vacina do tipo no Brasil, os testes estão mais sujeitos aos imprevistos e empecilhos da falta de experiência prévia.
“Nós estamos aprendendo sobre o que é necessário para tirar uma vacina da pesquisa básica e levar para a pesquisa clínica. E estamos enfrentando vários gargalos da ciência brasileira e resolvendo da melhor forma possível. Então, muitas vezes, a gente faz um planejamento de cronograma e enfrenta situações que às vezes nem sabia que existiam”, explica Helton. “Não estão faltando recursos para a caminhada. Os entraves são realmente técnicos. Precisamos criar estruturas, criar ensaios, criar know-how para vencer várias etapas que o Brasil não tinha a expertise necessária”.
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Dados preliminares indicam que ela não apresentou problemas de segurança com os voluntários e tem po… Read MoreBrasil Notícias ao Minuto Brasil – Brasil
Leia maisMaior consumo de álcool na pandemia está associado a problemas de saúde mental
(FOLHAPRESS) – Pesquisadores dos Estados Unidos avaliaram, através de um questionário online, o padrão de consumo de quase 4.000 americanos entre os meses de maio e agosto de 2020, e descobriram que o aumento do consumo de álcool durante a pandemia pode estar associado a problemas de saúde mental.
Na pesquisa, publicada em março deste ano na revista científica Alcohol and Alcoholism, condições como ansiedade, depressão, estresse e TEPT (transtorno do estresse pós-traumático) foram os problemas mais relatados.
O professor Frederico Garcia, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), afirma que existe uma relação entre o uso de substâncias inibidoras do sistema nervoso central, como álcool, maconha e benzodiazepínicos, e o aumento de transtornos mentais. Esses químicos atuam liberando neurotransmissores no cérebro, como a dopamina, que causam dependência. Os pacientes buscam as substâncias como forma de aliviar os sintomas, mas acabam piorando o quadro geral.
Para o especialista, o isolamento social criou uma ruptura da cadeia de resiliência das pessoas, algo que agravou ainda mais os quadros de saúde mental. Por exemplo, a falta da pausa para o café no escritório tirou interações sociais importantes da rotina de muitos, acentuando sintomas de estresse de maneira geral.
Entre os perfis mais vulneráveis aos problemas estão as mulheres e pessoas de baixa renda. Os autores observaram que 23% do total de entrevistados consumiram mais álcool no período, enquanto 4% fez uso excessivo da bebida. Outros 4% reduziram as doses semanais.
Segundo Kleber Vargas, psiquiatra do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), muitos alcoólatras possuem alguma comorbidade, que podem ser transtornos de personalidade ou humor, como depressão ou quadros psicóticos.
O problema é comum e recebe o nome de patologia dual.
Nesses casos, quando as intervenções psiquiátricas são feitas em conjunto, as taxas de sucesso terapêutico aumentam, pontua Vargas. Para ele, é fundamental manter a doença em estabilidade para alcançar longos períodos de abstinência.
Entre os resultados, também chamou a atenção dos pesquisadores o fato de que usuários moderados apresentaram menores sintomas de problemas de saúde mental entre todos participantes. Entretanto, os autores advertem que o estudo não faz inferências sobre fatores externos não avaliados, como a vida social da pessoa. Por um lado, aquelas socialmente ativas têm tendência a beber mais, mas desenvolvem círculos sociais que fortalecem sua saúde mental.
Apesar do suposto benefício observado no curto prazo, a pesquisadora do departamento de psicologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Marianne Feijó, afirma que o consumo regular de álcool pode trazer problemas.
“É preciso encontrar formas de socializar que não dependam da bebida”, diz. Com o passar dos anos, além de fragilizar a saúde, o hábito também pode sair do controle -passar por questões financeiras ou pessoais pode influenciar.
A psicóloga destaca também a importância de olhar para o quadro sistêmico do problema, sem cair na armadilha de culpar apenas o usuário. Existem fatores sociais, familiares e estruturais que geram padrões de comportamento e causam vulnerabilidade social, principalmente para alguns grupos. Ela destaca a necessidade de políticas públicas mais abrangentes para enfrentar o problema coletivamente.
Para quem precisa de ajuda, o especialista Kleber Vargas aconselha buscar unidades de saúde básica do SUS (Sistema Único de Saúde) ou um psiquiatra particular, que poderá dar um diagnóstico da patologia dual.
O tratamento, nesses casos, passa por uma equipe multiprofissional e, além da intervenção psicoterápica, pode envolver mudança de hábitos, uso de medicamentos e até mesmo internação em casos graves. “Ainda hoje, o melhor tratamento para o alcoolismo em geral é tempo sem uso. Quanto mais tempo em abstinência, melhor”, diz Vargas.
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Os pacientes buscam as substâncias como forma de aliviar os sintomas, mas acabam piorando o quadro g… Read MoreBrasil Notícias ao Minuto Brasil – Brasil
Leia maisProblemas respiratórios lotam hospitais infantis
Os hospitais de São Paulo enfrentam expressivo aumento de atendimentos a bebês e crianças com sintomas de doenças respiratórias. O causador da maioria das infecções é o vírus sincicial respiratório (VSR). “Principalmente as crianças de até 2 anos estão muito sujeitas a doenças graves, como a bronquiolite”, diz o médico intensivista Anderson Oliveira.
Por causa do aumento das doenças respiratórias em crianças (de 0 a 12 anos), a lotação das unidades de terapia intensiva (UTIs) pediátricas na rede pública de saúde de São Paulo está se esgotando. Na terça-feira, 87% dos 124 leitos disponíveis na rede municipal da capital estavam ocupados, e 70% desse porcentual eram de crianças vítimas de doenças respiratórias, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Na rede estadual paulista, que conta com 888 leitos de UTIs e unidades de terapia semi-intensiva pediátrica, a taxa média de ocupação pediátrica na quarta-feira era de 72,07% para hospitais de administração direta e de 75,64% para hospitais geridos por organizações sociais de saúde (OSS), segundo a secretaria estadual.
DADOS. Ainda conforme a pasta, apenas em janeiro e fevereiro de 2023 cerca de 14 mil crianças foram internadas com diagnóstico de doenças respiratórias. As referências estaduais para atendimento pediátrico são os Hospitais Darcy Vargas, no Morumbi, zona sul, e Cândido Fontoura, no Belenzinho, zona leste. No Cândido Fontoura, na quarta-feira, a ocupação tanto na UTI pediátrica quanto na UTI neonatal era de 85%, segundo a secretaria estadual de Saúde.
Em leitos de enfermaria pediátrica, a taxa de ocupação era de 92%. No Hospital Darcy Vargas, a ocupação na UTI pediátrica era de 83,8% e na UTI neonatal, de 53,9%. Os leitos de enfermaria pediátrica tinham a taxa de ocupação mais alta: 99,8%.
Metade dos casos é de VSR; covid-19 responde por 1/3
O Boletim InfoGripe, pesquisa semanal divulgada pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), constatou que, no período de quatro semanas encerrado em 22 de abril, praticamente a metade (48,6%) dos casos de síndromes respiratórias agudas graves com resultado laboratorial positivo foi causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), enquanto o coronavírus causou 29,5% das doenças. É uma diferença de quase 20 pontos porcentuais.
Segundo o médico Anderson Oliveira, que também é cirurgião geral e gestor em saúde, o crescimento de doenças respiratórias é comum desde o fim de março até julho, mas neste ano está ocorrendo uma incidência maior. “Em São Paulo, a taxa de internação chegou a aumentar em 40%, e algumas UTIs pediátricas chegaram a estar com até 90% de ocupação. Isso não é comum”, afirma.
“O VSR é o maior causador de bronquilite e outras doenças respiratórias agudas graves, e pode aumentar a taxa de mortalidade, principalmente de crianças menores de dois anos. Crianças que nasceram prematuras, com doenças como asma ou com má-formação também têm prognóstico ruim”, diz o especialista. O médico ressalta que esse vírus é muito mais grave para crianças do que para adultos, por causa do menor nível de imunidade alcançado.
IMUNIZAÇÃO
Não existe vacina contra o VSR, mas especialistas afirmam que imunizar as crianças contra gripe e covid-19, como já é feito normalmente nesta época, também ajuda a evitar doenças causadas pelo VSR. “Embora para o VSR ainda não tenhamos vacina disponível, levar as crianças para tomar as vacinas contra a gripe e contra a covid-19 reduz a chance de as crianças terem problemas respiratórios por esses outros vírus, que também são perigosos. Isso diminui a própria exposição das nossas crianças ao VSR nos hospitais e postos de saúde”, diz o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Leia maisGoverno aumenta em mais de 1 milhão vagas em escolas de tempo integral
O governo federal lançar nesta sexta-feira (12) programa que visa a aumentar em mais de 1 milhão o número de estudantes em escolas de tempo integral. O lançamento ocorrerá no Centro de Eventos de Fortaleza, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Educação, Camilo Santana.
Dados do 4º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação (PNE) 2022 apontam que o percentual de matrículas em tempo integral na rede público caiu de 17,6%, em 2014, para 15,1%, em 2021. O PNE tem como meta a oferta da educação em tempo integral em pelo menos metade das escolas públicas, com atendimento de no mínimo 25% dos alunos.
De acordo com a Presidência da República, serão repassados R$ 4 bilhões a estados e municípios para ampliação das vagas em tempo integral, ou seja com jornada superior a sete horas diárias.
Os recursos serão transferidos levando em conta a quantidade de matrículas pactuadas entre o Ministério da Educação e as gestões estaduais e municipais, por meio do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec).
O programa prevê formação de educadores, orientações curriculares, incentivo a projetos inovadores e criação de indicadores de avaliação de desempenho.
No período da tarde, Lula assinará, no Crato (CE) medida provisória (MP) que possibilitará a conclusão de mais de 3,5 mil obras de infraestrutura escolar que estão paradas ou inacabadas.
A MP do Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica prevê investimento de quase R$ 4 bilhões no período de 2023 a 2026. Com a conclusão das obras, estima-se a abertura de aproximadamente 450 mil vagas nas escolas públicas.
“Um dos destaques do pacto nacional é a adoção da correção dos valores a serem transferidos pela União aos entes pelo Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), um indicador que reflete com maior precisão as oscilações da área de construção civil. Como a quase integralidade (95,83%) das obras que se encontram na situação de paralisadas ou inacabadas teve pactuações firmadas entre 2007 e 2016, a adoção da medida viabiliza a retomada, já que o INCC acumulado pode chegar a mais de 200%, dependendo do período”, informa nota da Presidência da República.
Conforme o texto, estados podem participar com recursos próprios e repassá-los, se desejarem, a municípios. A União pode transferir recursos extras, mesmo que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) já tenha transferido todo o valor previsto para a obra ou serviço, com o objetivo de refazer etapas que tenham sofrido degradação pelo tempo.
A prestação de contas será obrigatória para as fases das obras executadas e as que ainda serão feitas.
De acordo com o FNDE, as obras equivalem a 1,2 mil novas creches e pré-escolas, mil escolas de ensino fundamental, 1,2 mil quadras esportivas, 86 reformas ou ampliação e 40 escolas profissionalizantes. As obras terão de ser terminadas em dois anos, podendo o prazo ser prorrogado por igual período uma única vez.
O lançamento ocorrerá no Centro de Eventos de Fortaleza, com a presença do presidente Luiz Inácio Lu… Read MoreBrasil Notícias ao Minuto Brasil – Brasil
Leia maisGrávida morre após cair de maca em maternidade ; bebê não sobrevive
Na quarta-feira, uma mulher grávida de 41 semanas faleceu após cair de uma maca na maternidade em que estava internada, em Recife, Pernambuco.
Uma cesariana de emergência foi realizada após a queda, mas a bebê não resistiu à falta de oxigênio.
Em entrevista à TV Globo, o marido da vítima, Raquel Pedro da Silva, relatou que ela deu entrada na maternidade na segunda-feira e recebeu medicação para induzir o parto, que não funcionou. Ele também disse que a maca onde Raquel estava não tinha proteção lateral.
No entanto, a Secretaria de Saúde do Recife negou essas informações. Raquel faleceu após a cesariana de emergência e a bebê foi internada em uma Unidade de Cuidados Intensivos neonatal, mas também não resistiu e faleceu no dia seguinte.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
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Leia maisAnvisa revoga restrições sanitárias para embarque em cruzeiros
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revogou as restrições sanitárias para embarque, desembarque e transporte de viajantes em cruzeiros marítimos. As regras haviam sido aprovadas em 2022, em razão da pandemia de covid-19. Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da emergência internacional provocada pelo vírus.
Em reunião, a diretoria colegiada da Anvisa decidiu que não será mais obrigatória a cobrança do comprovante de vacina ou de testes negativos de covid-19 para embarque em cruzeiros. A companhia marítima, entretanto, ainda pode exigir testes ou vacina. Segue obrigatória a notificação de casos suspeitos e confirmados. Deve haver o isolamento de pessoas a bordo com suspeita de estarem infectadas.
Em nota, a Anvisa destacou que a edição das restrições, à época, permitiu a retomada das atividades de cruzeiros no Brasil, em razão da queda no número de casos e mortes pela covid-19. “Contudo, naquele momento, o contexto ainda era de muitas incertezas sobre os cenários futuros, o que exigiu cautela e precaução por parte das autoridades de saúde”.
“Vale observar que a decisão não acaba com as regras para as operações de embarcações e plataformas e ainda está alinhada à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de mudança do modo de emergência para uma atuação regulatória de enfrentamento contínuo”, completou a Anvisa.
Seguem vigentes as normas que tratam do controle sanitário de viajantes em portos, aeroportos, passagens de fronteiras e recintos alfandegados, além dos requisitos mínimos para a promoção da saúde em portos de controle sanitário instalados no território nacional e embarcações que por eles transitem.
“Dessa forma, seguem vigentes requisitos importantes que permitem a avaliação do risco à saúde pública para aplicação de medidas sanitárias pertinentes”, destacou a Anvisa.
Isso significa que as operações devem ser autorizadas pela agência e, para isso, as embarcações seguem obrigadas, por exemplo, a informar a situação de saúde a bordo por meio de declaração marítima de saúde e cópia do livro médico de bordo.
Além disso, em caso de suspeita ou evidência de evento de saúde pública a bordo, continua sendo obrigatória a necessidade de comunicação imediata à autoridade sanitária, para garantir a avaliação do risco à saúde, para a aplicação das medidas sanitárias pertinentes.
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Leia maisGoverno Lula integra cadastro de benefícios a base de dados da Previdência
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Cadastro Único, usado como base para os principais programas sociais do governo federal, será integrado ao Cadastro Nacional de Informações Sociais, que reúne registros como nascimento, óbito, identificação, renda e benefícios recebidos.
A integração será concretizada a partir de uma portaria publicada nesta quarta-feira (10) no Diário Oficial conjuntamente pelos ministérios do Desenvolvimento Social e da Previdência.
A unificação é uma medida considerada fundamental para aumentar a transparência de mais de 30 programas sociais que usam os dados do Cadastro Único, entre eles o Bolsa Família.
Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, a medida vai aprimorar a governança e a transparência das políticas públicas.
Além de dificultar fraudes, a articulação entre as duas bases de dados também trará mais eficiência para a concessão dos benefícios, segundo Dias.
A integração será concretizada a partir de uma portaria publicada nesta quarta-feira (10) no Diário … Read MoreBrasil Notícias ao Minuto Brasil – Brasil
Leia maisCâmara aprova criação do dia em memória de vítimas de covid-19
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10) projeto de lei que cria o Dia Nacional em Memória das Vítimas da Covid-19. A data será celebrada em 12 de março de cada ano. A proposta segue para análise do Senado.
Segundo o autor do projeto, deputado Pedro Uczai (PT-SC), a data escolhida é uma homenagem à primeira vítima fatal do novo coronavírus no Brasil, Rosana Aparecida Urbano, falecida em 12 de março de 2020, no Hospital Municipal Dr. Carmino Cariccio, na zona Leste de São Paulo.
O parlamentar lembrou que a vítima foi internada na véspera e na sequência de sua morte, em menos de 50 dias, faleceram também sua mãe, seu pai, uma irmã e um irmão.
“A pandemia se transformou em uma inominável tragédia atravessada pela morte, pelo desamparo e pelo luto, um fenômeno social que impactou de forma direta e indelével a vida de milhões de brasileiros e brasileiras”, afirmou o autor, que lembrou haver ainda um projeto de lei do Senado propondo a construção de um memorial às vítimas.
Após mais de três anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na última sexta-feira (5) que a covid-19 não configura mais emergência em saúde pública de importância internacional. De acordo com a entidade, o vírus se classifica agora como “problema de saúde estabelecido e contínuo”.
Dados da entidade indicam que 765,2 milhões de casos de covid-19 foram confirmados no planeta até o momento, além de quase 7 milhões de mortes registradas. Apenas no Brasil, mais de 700 mil pessoas perderam a vida para a doença. Ainda de acordo com a OMS, 13,3 bilhões de doses de vacinas contra a doença foram administradas em todo o mundo.
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Leia maisDefensoria e ONG questionam atuação da Guarda Civil na Cracolândia
A Defensoria Pública do estado de São Paulo e a organização não governamental Conectas Direitos Humanos têm questionado a atuação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo na região da Cracolândia, no centro da capital paulista. O episódio mais recente é relacionado a um homem que ficou desacordado após uma abordagem dos guardas.
Nesta semana, a equipe da TV Brasil flagrou um homem desacordado depois de sofrer um enforcamento por parte de agentes da GCM. De acordo com a prefeitura, a equipe estava acompanhando, na segunda-feira (8), uma ação de zeladoria, quando foi agredida e agiu para conter o homem. A prefeitura informou ainda que o homem foi conduzido ao Pronto Socorro da Barra Funda, “pois alegou ter problemas de coração e estar com dores no peito. Na unidade de saúde, foi atendido, medicado e liberado”. Posteriormente, ele foi levado para o 77º Distrito Policial, onde a ocorrência foi registrada.
“Mais uma vez a gente está vendo a GCM na linha de frente da Cracolândia, o que já causou inúmeros problemas. Esse histórico da atuação da guarda civil no território da Luz está, inclusive, na Justiça, em uma Ação Civil Pública que discute as ações que acontecem por conta dessa prática”, aponta Fernanda Balera, defensora pública e integrante do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos.
Em ofício enviado à prefeitura no dia 11 de abril, a Defensoria Pública questionou especificamente os procedimentos nas ações de zeladoria. “Qual a justificativa para a realização da limpeza urbana, inclusive com a ‘triagem’ e revista, a ser realizada pela Guarda Civil Metropolitana e não por agentes da limpeza urbana, considerando que a função da Guarda Civil seria a de ‘acompanhar as ações de zeladoria, atuando, exclusivamente, na salvaguarda dos direitos dos trabalhadores e agentes públicos que realizam a ação e na preservação dos direitos das pessoas afetadas pelas ações de zeladoria’ (Art. 9º da Portaria)”, aponta o texto.
A Agência Brasil solicitou o Boletim de Ocorrência à Secretaria de Segurança Pública (SSP) relativa ao caso flagrado pela TV Brasil e aguarda o envio das informações. Não há confirmação se está preso ou solto. A identificação dele também não foi informada.
O advogado Gabriel Sampaio, diretor de litigância e incidência da Conectas Direitos Humanos, repudia a agressão e pede a apuração do caso. “A GCM não dispõe de competência para atuar como polícia ostensiva ou repressiva, tão pouco deve se utilizar da força de forma tão desproporcional como nós observamos na reportagem”, avalia.
Ele destaca que, “nas abordagens às pessoas usuárias de drogas, devem ser respeitados os direitos e as garantias fundamentais, o uso proporcional da força e jamais um órgão como a GCM deve ser utilizado para esse tipo de abordagem”. Sampaio acrescenta que a Constituição atribui à GCM o papel de proteção do patrimônio público e não autoriza “esse tipo de uso da força”.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana disse, por meio de nota, que “a ocorrência citada será devidamente apurada pela Corregedoria da Guarda Civil Metropolitana” e que “não compactua com nenhuma conduta inadequada”.
“A SMSU tem o compromisso de assegurar que a atuação da GCM seja sempre pautada pelo respeito aos direitos humanos e à dignidade das pessoas. Esse preceito é essencial e deve ser seguido por todos os agentes da Guarda”, aponta o órgão.
A prefeitura disse ainda que a atuação da guarda é guiada pela Lei nº 13530, de 14 de março de 2003, que institui o Regulamento Disciplinar dos Servidores do Quadro dos Profissionais da GCM.
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Leia maisConcessionária quer despejar sem-tetos que vivem dentro de cemitério na zona norte de SP
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma barraca improvisada de lona pedaços de madeira tem vista para as covas do Cemitério Vila Nova Cachoeirinha. Mais acima, há outras duas barracas em meio à mata dentro do terreno municipal. Ao todo, três homens sem-teto vivem no local.
Um deles tem 48 anos, não quer revelar o próprio nome e pede para não ser fotografado. Carioca, como pede para ser chamado, diz que mora no cemitério há cerca de três décadas.
A administração do cemitério deu prazo até esta quinta-feira (11) para que eles saiam do local. Segundo a Prefeitura de São Paulo, assistentes sociais abordaram sete pessoas na manhã desta quarta (10) na região do cemitério, mas nenhuma delas aceitou a oferta de encaminhamento para centros de acolhida ou outros serviços da rede de assistência.
As invasões no Cemitério Vila Nova Cachoeirinha dão uma dimensão dos problemas que as concessionárias do serviço funerário terão de resolver. Quatro empresas assumiram em março a gestão de 22 cemitérios municipais, em contratos que chegam a R$ 7,2 bilhões e preveem revitalização e expansão.
Carioca diz que viver dentro do cemitério é mais seguro do que na rua. Ele conta que já foi retirado de lá cerca de 20 vezes. Em todas, voltou na noite seguinte e armou sua barraca novamente.
Ele não é um estranho para a comunidade do cemitério: conta que recebe doações de comida dos moradores do entorno e visitas periódicas de assistentes sociais.
Os barracos estão cercados por montes de lixo, que são constantemente revirados por galinhas, pombos e urubus. A poucos metros de distância, o muro que deveria cercar o local tem uma grande abertura que dá acesso para a favela do Boi Malhado.
A comunidade cresce há décadas ao redor dos muros do cemitério, com várias invasões ao longo dos anos.
Os muros têm portas que dão acesso direto a casas da favela. Há um trecho onde não há mais separação entre o terreno municipal e a comunidade.
Há também moradores de rua que pernoitam no cemitério, usando as maiores sepulturas como abrigo, segundo o relato de moradores da favela.
A Cortel, empresa que administra o local diz que a reconstrução do muro está prevista para o dia 22 deste mês.
As invasões no cemitério são um reflexo de problemas estruturais da cidade que se agravaram nos últimos anos. De 2015 a 2021, a população de rua na cidade de São Paulo dobrou.
O último censo da prefeitura estimou que havia 31.884 pessoas sem-teto na cidade em 2021. Seis anos antes, eram 15.905 pessoas nessa condição. O déficit habitacional da cidade é estimado em 369 mil domicílios.
Segundo a Cortel, a situação dos moradores de rua no local foi comunicada à SP Regula (Reguladora de Serviços Públicos do município), que fiscaliza a concessão. A concessionária diz que “tem atuado junto aos órgãos responsáveis pela assistência social do município para solucionar o problema da melhor maneira possível”.
Sobre o acúmulo de lixo, a empresa diz que mais de 30 toneladas já foram recolhidas. A empresa afirma que a limpeza é feita de forma constante, mas o descarte irregular na área é recorrente.
A concessão dos cemitérios municipais de São Paulo representou um aumento em preços de serviços funerários básicos para a população. Para quem não tem direito a gratuidades, o velório mais simples disponível para quem não tem direito a benefícios, que poderia ser realizado por R$ 299,85 até a concessão, agora sai por R$ 1.443,74 -salto de cerca de 400%.
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